A azarenta, parte 350
Raio para a gaja, que não sabe estar quieta....
Sinceramente, este mundo anda perdido.
Imaginem :
6.ª feira, 18h45. Depois de uma semana de loucos, sair e passar no café onde o pessoal se junta e onde mal se entra, com cara de derrotada, nos espetam logo com uma Mini Super na mão, bem fresquinha e nos fazem dar logo uma gargalhada, daquelas de fazer saltar as pedras da calçada.
Mini na mão, amigos a dizerem babozeiras, gelado na mão da criança e tudo diria que era o começo de uma bom fim de semana. Só que não.....
Uns amigos saem para irem a casa e passado nem 1 minuto ligam a dizer : podes vir aqui ao estacionamento? E eu só disse : já me bateram no carro!
Nem por aposta. Embrulha !
E eu a pensar, bem, chego lá e está lá a pessoa.
Qual que? Um carro com para choques de ferro, mandou-me uma caqueirada a fazer marcha atrás (daquelas que arrepiam) e seguiu a sua vida, como se nada se tivesse passado. E com gente a ver.....
ora, la fui eu ver o meu boguinhas.. Para choques com uma moça e rachado. Mas que bem. A grelha a abanar toda (nem sei como estará por dentro). Ate a matricula esta estranha. E as oticas. E o capon. Parece que encolheu uns milimetros. Nem sei o que lá está.
La fui eu a GNR, mas os meus amigos que não são de se ficarem a rir, foram a procura da pessoa. Deram-me a matricula que tinham visto, para fazer a queixa e la foram eles. E não é que encontraram??? Um miúdo, que nem cara tem para levar 2 chapadas. Uma criança.....
Só lhe disseram, vais já a minha frente a GNR que a moça a quem bateste, esta lá a fazer queixa.
La aparece o rapazito, a tremer que nem varas verdes. A pedir desculpa por me ter batido (e eu em brasa que se pudesse tinha-lhe dado 2 pares de estalos).
Resumindo, a noite, tivemos de ir ao local com a GNR para eles fazerem as medições aproximadas e prepararem o auto para os seguros.
La estava o moço, com o pai. Perguntei : porque fugiste? Respondeu : assustei-me. Perguntei : a quanto tempo tens a carta? Respondeu : 2 meses. Oh pá, caiu-me tudo.
Pensei varias vezes porque fui fazer queixa, porque não me calei. Tive pena do miúdo. Cometeu um erro. E eu fui logo a matar. Mas porra, o carro custou-me a pagar. Em 18 anos de carta, nunca tive um acidente e já varias pessoas bateram no meu carro e fugiram. Desta vez, fiquei tão cega, que fiz queixa. E se o moço fica sem carta? Oh pá, tive pena. Derreteu-se-me o coração. Mas já está. Assumiu que errou. E verdade, hoje a tarde já estava na companhia de seguros a accionar o seguro e a tratar de tudo. Foi responsável.
Mas a mim custou-me. A serio. Custou.
Espero que tenha aprendido. Valia mais falar logo, perguntar de quem era e resolvia-se tudo na hora. Sem stress, sem confusões.
Mas vou ficar sempre a pensar nele.