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Ninita's

Quem sou eu? Simples, sou uma pessoa normal, que vive numa pequena cidade normal. Sou brincalhona, divertida, trabalhadora e muito simples. Na pratica, sou igual a todas as outras pessoas deste mundo. Bem Vindos a este "meu mundo virtual".

Ninita's

Quem sou eu? Simples, sou uma pessoa normal, que vive numa pequena cidade normal. Sou brincalhona, divertida, trabalhadora e muito simples. Na pratica, sou igual a todas as outras pessoas deste mundo. Bem Vindos a este "meu mundo virtual".

17.03.20

E o gajo fez o saco e veio

Ninita

 

Esta noite vai ser um stress. 

 

Com o evoluir da situação em França, fizeram todos as malas e puseram-se a milhas.

 

Nunca pensei que viessem e a decisão era não vir. Mas, algo mudou. E o patrão só lhes disse para se virem embora. Mandou-lhes uma declaração para justificar a viagem fora das horas normais e disse para virem.

 

Vão ver se conseguem passar a fronteira de França para Espanha e vir direitos a Vilar formoso. 

 

O risco é grande. Tenho medo que tenha algum contacto, que não os deixem passar. Tenho medo de tudo. 

 

CA em casa, tudo preparado. Ele vem e vai ficar a fazer quarentena. Sem estar muito perto de nós, sem dormirmos no mesmo quarto, tomar banho e usar outra casa de banho. Vai custar, ele estar na mesma casa e não estar coladinho a nós. Mas é o melhor pela filha. Assim sabemos que fizemos tudo o possível para evitar qualquer contágio. E rezar. É rezar muito.

Rezar para que a viagem corra bem. Rezar para tenham cuidado. Rezar para ele venha bem e saudável.

 

Mas o mais importante, é q vai cá estar. É no caso de ser necessária alguma coisa, estamos cá, uns para os outros. Em família. Para o que der e vier.

 

A todos, boa sorte. Tenham cuidado. E protejam-se. 

16.03.20

A incerteza do dia a dia

Ninita

 

Sim, estamos todos juntos nesta luta desigual. 

Mas há muita gente, como eu, que tem família no estrangeiro e não sabe bem o que fazer. 

 

Eu tenho o meu marido, que neste momento, em França sozinho, vai provavelmente ficar sem trabalhar e vai tentar vir para Portugal. 

Como? De carro, para trazerem as suas coisas. Sem terem grandes contactos com outras pessoas, sem grandes paragens. Mas várias dúvidas se colocam. Vão conseguir passar? Vão chegar sem bicharocos neles? Vão ficar sem receber nadinha de nada? 

 

Não sei quais as medidas em França. Não sei como vai ser. Não sei se quando chegar, vai ter de ficar sozinho, num quarto isolado. Não sei nada. 

 

Ficar lá é dificil. Voltar também. Tantas decisões e sem sabermos o que havemos de fazer. 

 

Que vida esta. Eu em casa fechada, a tomar conta da filha e sem poder trabalhar. Mas verdade, também não tenho trabalho, pelo que estou a ver uma casa de 37 anos, familiar, a ir pelo cano abaixo. 20 anos de trabalho a pensar se não tarda nada, fico em lay off, ou se sou mesmo despedida. 

Olho para o meu patrão e vejo a tristeza dele, de querer continuar a nossa "família" mas sem condições monetárias para isso. 

 

Tantas mas tantas questões, que nunca pensei pensar. Nunca. 

 

Raio para o bicharoco. 

 

Boa sorte a todos. Protejam-se. Por vós. Pelos outros. 

 

 

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