A menina que sonhava
Era uma vez uma menina.
Uma menina que acreditava que a lua era um queijo e que sobre ela, andavam ratinhos pequeninos, que faziam pequenos buraquinhos, enquanto comiam.
Que brincava na terra, aos tachos e às panelas. Que fazia a sua comidinha de terra, flores, ervas e a dava aos seus amigos imaginários.
Que passava horas a brincar na rua. Que caia e se levantava logo a seguir, pronta para a proxima queda, sempre de sorriso nos labios.
Era uma vez uma menina, que acreditava que no mundo, era tudo perfeito. Que não havia guerras, nem pandemias. Que todos eram tratados da mesma maneira, sem desigualdades. Que acreditava que todos os dias, quando o sol nascia, as crianças riam, brincavam, corriam, aprendiam e acima de tudo, sonhavam
Essa criança cresceu. E percebeu, que na vida, tudo tem o seu proposito. Tudo tem a sua razão de ser. Aprendeu que, de cada vez que caia, tinha mais força para se levantar. Aprendeu, que em cada esquina há dificuldades que parecem montanhas, mas que em todas elas, so temos de subir e subir, contra tudo o que nos empurra para trás.
E apesar de todas as dificuldades, essa criança, agora adulta, nunca se esqueceu de sonhar. E sorrir. Sorrir muito. Mesmo que os olhos tenham lágrimas. Mesmo que todo o mundo esteja a desabar. Porque no final de contas, um sorriso cura muita coisa.