Será que se eu chegar ao pé do patrão, lhe dizer que me vou embora e não volto nunca mais, ele me responde : "Pode ir" ou será que me diz : "é que nem se atreva a sair daqui".

Se eu me fosse embora, quanto tempo iriam demorar a encontrar alguém para me substituir?

Será que me ligavam para voltar?

Será que me ligavam para nunca mais voltar?

Quantas pessoas já sentiram isto no local de trabalho? Quantas pessoas já pensaram o que aconteceria se batessem a porta de vez e procurassem outra coisa?

E saíram? E bateram a porta?

Quantos são os trabalhadores que podem chegar ao final do dia e dizer : "Estou feliz por aqui trabalhar. " "Aqui sabem-me dar o devido valor."

Vejo tanta gente a queixar-se do trabalho, dos patrões, da escravidão em que vivem, dos curtos ordenados, da insatisfação das profissões, do mal estar entre colegas. As vezes custa-me ouvir certas queixas e pensar mas em que mundo vivemos, para tamanha ingratidão de ambas as partes. Ou são os patrões que não dão valor ao empregado ou é o empregado que não dá valor ao patrão??

Afinal trabalhamos para viver ou vivemos para trabalhar?