Ao ponto a que chegou a nossa sociedade
Hoje vi esta imagem e tive de a partilhar.
Infelizmente a nossa sociedade está a chegar a um ponto em que todos olhamos para o lado e em que somos completamente controlados pela tecnologia.
Mal as crianças nascem, lá as colocamos nós em frente a um pc a ver musicas do Panda e dos Caricas. Mais tarde, querem ver bonecos na tablet as horas das refeições, senão não param quietas.
Depois vem o chegarem a casa da escola e enfiarem-se nos tablets ou nos telemóveis. E se não há internet, caiu o cabo e a trindade, pois parece que morrem.
No entanto, há crianças em várias pontos do mundo, a morrer de fome. Que não sabem o que é um telemovel, que não sabem o que é chegarem a casa e terem 1 prato de sopa para comer.
Quando era criança, não havia telemoveis, tables, nem panda, nem caricas.
Brincava na rua até ficar escuro e esse era o meu relogio. Se começava a escurecer, era hora de ir para casa. Se não ouvia a minha mãe a chamar-me aos berros. E lá ia eu, nem que a brincadeira tivesse a meio. Ia e mais nada. Esmurrei os joelhos, ate ficarem cheios de feridas e ter cicatrizes até hoje. Corri, cai, levantei-me e fui feliz.
Chegava a casa e podia dar-me por contente se tivesse 1 prato de sopa para comer. Talvez por isso, dou tanto valor á comida que se põe na mesa. Talvez por isso, não goste de ver comida a ir para o lixo. Porque sei o que é não a ter. Não passei fome, mas passamos muitas dificuldades e talvez por isso, dou sempre valor ao que tenho.
Se tenho carro, casa para viver, comida para por na mesa, é porque me esforcei para que a minha familia não tivesse de passar pelo mesmo.
Mas ao mesmo tempo, errei e muito. Sim, tambem achava piada a minha L* ver os Caricas e o Panda e o resto todo. Cometi os mesmos erros que critico. E sim, tento mudar as coisas. Critico os outros, mas critico-me mais a mim, por nao ter notado o que estava a fazer.
Agora, vamos mudando as coisas. Ao fim de semana, plantamos flores, tratamos do jardim, andamos na rua.
Um passo de cada vez, vamos tentando melhorar tudo o que achamos errado.
A ver vamos...